domingo, 22 de agosto de 2010
Morrer
Pobres, protagonistas e sujeitos da história
Folclore poético latino-americano
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A Missa , Imagem do Processo Escatológico do Mundo
terça-feira, 10 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Da morte para a VIDA
No local da morte de padre Ezequiel
No dia 25, bem cedo, saímos em caravana (dois ônibus e alguns carros) para o município de Rondolândia - MT, paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, mais especificamente na comunidade Pe. Ezequiel Ramin, localizada a uns
A comunidade reunida nos acolheu com muita alegria, pois a mesma estava em festa neste dia. A Eucaristia foi presidida por Dom Bruno e concelebrada por um grupo de padres. Na mesma se fez a memória da entrega da vida e do derramamento do Sangue de Pe. Ezequiel Ramin.
A comunidade está muito comprometida no seu testemunho de vida a partir do martírio de Pe. Ezequiel Ramin e são, ao mesmo tempo, testemunhas da sua santidade. A comunidade foi fundada ha uns onze anos. Depois da celebração e de um gostoso almoço fomos ao local onde está colocada uma grande cruz como memória do martírio do Pe. Ezequiel Ramin, a uns três quilômetros da comunidade. Ali foi feito um momento de oração e a bênção da mesma pelo bispo.
Dai saímos caminhando em direção ao local do assassinato, uns trezentos metros de onde está a cruz, pois ali até hoje os donos da fazenda Catuva não permitem que se coloque nenhum sinal. Ali rezamos, cantamos e invocamos a proteção do Santo Pe. Ezequiel Ramin. Foi um momento muito bonito de louvor e agradecimento, um momento de retomar o compromisso de lutar pela vida como fez Pe. Ezequiel Ramin. Ali terminamos a celebração dos 25 anos do martírio da Vida de Pe. Ezequiel Ramin.
A certeza se reforçou: ele continua vivo!
Todos estes momentos de celebração foram verdadeiramente momentos de ação de graças, de louvor e de oração. Todos estes momentos confirmaram isso: Pe. Ezequiel Ramin deu a vida, derramou o seu sangue pela vida de outros, dos posseiros, indígenas, os pobres, como ele mesmo disse: “Se a minha vida lhes pertence, também lhes pertencerá a minha morte”. Voltamos para casa com a certeza de que Pe. Ezequiel Ramin está vivo no meio de nós e em muitas comunidades cristãs, como também nos centros de Direitos Humanos, Escolas, Comunidades, Ruas, Avenidas, Bairros, Praças e Centos Comunitários.
A celebração dos 25 anos aconteceu também em muitos outros lugares do Brasil: São Paulo, Curitiba, Indaial-SC, São José do Rio Preto-SP, Salvador, Carapina - ES, Nova Contagem-MG, São Mateus-ES, Fortaleza, Porto Velho, Santo Antônio do Matupi-AM, Manaus, Boa Vista, Duque de Caxias, Maranhão, Piauí e lembrado também em muitas das nossas comunidades.
A memória de Pe. Ezequiel Ramin foi lembrado também na Assembleia da Conferência dos Religiosos do Brasil.
“Desejamos que este exemplo continue ajudando-nos a viver o nosso compromisso missionário sempre atentos ao grito dos mais pobres. A lembrança de Pe. Ezequiel Ramin será, com certeza, para a Família Comboniana presente no Brasil e para todo o Instituto uma ocasião para agradecer, mas também para renovar o nosso desejo de consagrar toda a nossa vida ao serviço do Evangelho, comprometendo-nos na construção de uma humanidade mais fraterna e justa.
Agradecemos uma vez mais, junto com vocês, o dom de Pe. Ezequiel Ramin e desejamos que a sua lembrança seja mantida na Igreja do Brasil e no nosso Instituto como uma figura que nos desafia a viver sempre com mais profundidade a nossa vocação missionária.
Pedimos que o sangue de Pe. Ezequiel Ramin, derramado em terra de missão, se transforme em semente de muitas vocações missionárias e em vida nova para todos os cristãos que estão caminhando e se comprometem na construção de uma Igreja onde se vive os valores do amor e da justiça, e onde todos sejam reconhecidos como filhos e filhas de Deus” (Carta Superior Geral MCCJ).
O nosso muito obrigado a Dom Antonio Possamai, à Diocese de Ji-Paraná na pessoa de Dom Bruno Pedron, ao Projeto Pe. Ezequiel Ramin, à escola de Teologia Pe. Ezequiel Ramin, aos padres da paróquia Sagrada Família de Cacoal e aos representantes da mesma na sua dedicação e serviço para que esta memória continue viva.
Obrigado aos combonianos e Irmãs Combonianas e Leigos Combonianos. Obrigado a todos os que participarem das várias celebrações.
Obrigado também ao Antonio Ramin e ao grupo da Diocese de Pádua.
Que o Sangue derramado de Pe. Ezequiel Ramin nos confirme no nosso serviço missionário em favor da vida “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
(Pe. Alcides Costa, missionário comboniano)