quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Falecimento do antropólogo Claude Lévi-Strauss - Exponete da Antropologia Contemporânea

Jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como única

O antropólogo Claude Lévi-Strauss, um dos intelectuais mais importantes do século 20, morreu no sábado passado aos 100 anos, informou hoje a editora Plon. Ele sofria de Mal de Parkinson.

Lévi-Strauss influenciou de maneira decisiva a filosofia, a sociologia, a história e a teoria da literatura.

O intelectual nasceu em Bruxelas em 28 de novembro de 1908, de pais judeus e franceses. Estudou direito e filosofia na Universidade de Sorbonne, na França. Nos últimos anos, Lévi-Strauss viveu recolhido no apartamento que morou nos últimos 50 anos em Paris e recebia poucos amigos.

Lévi-Strauss iniciou seu grande projeto intelectual em 1934, quando foi convidado pela recém-fundada USP (Universidade de São Paulo) para lecionar sociologia.

O antropólogo viveu durante três anos no Brasil e fez várias excursões para o Centro-Oeste e o Norte do país e, em contato com índios cadiuéus, bororos e nambiquaras, começou a esboçar as bases do estruturalismo, corrente que revolucionaria a antropologia em meados do século 20.

s várias missões etnológicas e as experiências em Mato Grosso e na Amazônia foram contadas em seu terceiro livro, "Tristes Trópicos" (1955), também considerado uma espécie de autobiografia intelectual. As obras fundamentais foram lançadas bem depois de sua curta temporada no Brasil.

De volta a Paris, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, foi convocado para combater em 1939, mas deu baixa por causa da origem judia.

Em 1941, se refugiou nos Estados Unidos, dando aulas em Nova York, onde conheceu o linguista Roman Jakobson, que teve uma grande influência sobre seu pensamento.

Lévi-Strauss notabilizou-se também por sua atenção entre as relações entre a cozinha e a cultura. Na obra "Mitológicas" (1964-71), ele ilustra a oposição entre a natureza e a cultura, utilizando as noções de alimentos crus e cozidos, frescos e podres, molhados e queimados, por exemplo. Com isso, seria possível alcançar generalizações sobre o pensamento humano.

Para a maior parte do meio acadêmico brasileiro, a influência de Lévi-Strauss se deu bem depois de sua partida da USP. O etnólogo alcançou notoriedade entre os antropólogos brasileiros entre os anos 50 e 80, principalmente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u647000.shtml




segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sepé Tiaraju

Esta terra já tem dono. Deus e São Miguel a entregaram aos animais que a tem povoado... Portanto, general assalariado ajoelha de dor e beija os cascos do meu cavalo... Morrer impossivel. Quero viver. Fora daqui maldade cínica. Assassinos, eu quero viver. Sempre em frente companheiros. Lutemos em nome desta terra e da nossa liberdade. Fora com os invasores... Terra que circule nossos corpos. É teu nosso trabalho. Ventos, rios plateados. Independencia natural. Esposa Comum. Liberdade é por ti a nossa luta e toda nossa leadade.

domingo, 19 de julho de 2009

A Religião no seu sentido Original

A Religião no seu sentido Original
Hélio Meireles Gonçalves

Aristóteles já dizia e toda pessoa tem a convicção que o homem tem o desejo de conhecer, o homem é um sujeito por natureza perguntador . Mesmo independente de sua utilidade, o conhecimento se busca com voracidade. O sujeito do filosofar é o homem (grifo meu). O pensar é busca do encontro do homem com o mundo, entre o pensante e o pensado. O pensar tem compromisso com a realidade, ou melhor, “Penso, logo existo”. Quer-se saber o que acontece; ouvir relatos de outros; pôr-se a par das novidades... O conhecimento agrada por si, mesmo que seja para matar a curiosidade. Ele quer ler no dado imediato “a arquitetura secreta do LOGOS”, ou seja, ele é a reflexão com base na razão (grifo meu). “A inteligência vai ao ente e a Deus por uma espécie de fototropismo espiritual (Maritain)”. Não encontra repouso senão na verdade. Poe-se acento no conhecer. O desejo de conhecer é natural enquanto busca ininterrupta. O acento cai no desejo. Quer-se saber sempre mais e melhor.
Há, por isso duas tendências quanto ao desejo de conhecer: 1º No Sentido Ontológico, como inclinação essencial da inteligência, ou como alienação do ser-do-homem que deve sair de si mesmo. 2º No Sentido Gnosiológico, dentro de sua finalidade apresenta duplo aspecto: a) como valor em si, conhecer por conhecer ou se quisermos; b) conhecer por curiosidade ou conhecer para a prática. Os dois aspectos não se excluem, mas constituem como que uma finalidade do conhecimento (GRINGS Dadeus, 1985).
O filósofo procura pesquisar o ser, um nível anterior a seus modos de aparecimento e anterior as categorias de nosso conhecimento e de nossa expressão. O caminho para o caminho filosófico é a experiência e a reflexão. A filosofia surge da admiração e esta brota da curiosidade humana, sobretudo a partir das questões antropológicas Quem sou? De onde vim? Para onde vou? (grifo meu) O homem tem profundamente um amor pela verdade. Por isso deseja saber o porque das coisas e investiga suas causas. Deste modo, é a própria vida no seu encontro com a realidade.
“O ser humano é um projeto infinito. É um ser de abertura. É um ser concreto, situado, mas aberto. É um nós de relações, voltado em todas as direções. Um projeto que não encontra neste mundo o quadro de sua realização. O ser humano vivenciando-se como projeto infinito, encontra-se finalmente, um Sujeito igualmente infinito, o seu conatural. Entretanto, é somente na sua liberdade que ele o faz, e só quando decide a isso, sem nenhuma imposição. Portanto, a transcendência se dá no encontro com as pessoas. Por exemplo: você está numa crise existencial, sem rumo, e encontra alguém que tem palavras seminais, que lhe acende uma luz, que coloca a mão no seu ombro, que aponta o caminho. Não como o mestre, que diz “vá o caminho é por aí”, mas despertando o mestre escondido em você e ajudando-o a definir o caminho de sentido. Cada caminho é um caminho para a fonte. Por conseguinte, você tem uma experiência de transcendência” (BOFF Leonardo, 2000 pp.36-39).
Destarte, o homem além de ser um ser perguntador por natureza é, também, um animal consciente, quando criança toma consciência da sua existência, especialmente nos 3 anos de idade. Ela descobre que não existia e, agora dar-se conta que existe; logo em seguida compreende que é um ser dependente (relativo). Não se contenta com a argumentação dada pela mãe e, toma consciência que a existência não está nela e, conseqüentemente precisa de um ser independente (que não é igual a ele) para se relacionar positivamente ou negativamente Este ser numinoso é o Ser Absoluto (grifo meu).
Deste modo, o homem é um ser com capacidade racional de descobrir, atribuir, dar e criar a razão de ser, o sentido, o valor e o porque de tudo, cuja base é a consciência. Neste sentido, o racional não tem limites (grifo meu). A hermenêutica filosófica da religião é a busca do sentido, da razão de ser, o valor do porque das coisas. Se um sujeito perscrutar outro sujeito da seguinte forma: - Você pode me questionar de tudo, menos de Deus. Certamente, indagará ao que está fazendo, formulando tal proposição: - Por que, não posso perguntar sobre Deus? (grifo meu)
Assim sendo a religião é uma escolha do homem. Conforme Georg Schwikart, autor do “Dicionário Ilustrado das Religiões”: “A religião é difícil de ser definida, já que está presente em todos os tempos e em todas as culturas, sob as mais diversas formas”. E continua nos acrescentando: “Religião tem a ver com as questões fundamentais do homem: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? São questões a respeito do transcendente, do divino, do sagrado (oposto de profano). A origem do termo religião tem várias explicações, sobretudo, na tradição hebraico-cristã, cujo termo abrange como conceito o vocábulo latino religare que designava religar, reatar de novo, isto supõe-se, que houve uma ligação do Ser Absoluto com o homem, depois um rompimento dessa relação entre o Absoluto e o homem e, finalmente uma re-ligação. Entretanto, esse vocábulo não transmite a originalidade do termo. “Por Religião (Religere= re+eleger= reeleger) entende-se o relacionamento do ser consciente, dependente com o Ser Absoluto, na qual é independente, visto que, a criança na fase infantil dar-se conta que existe e, consequentemente se descobre como um problema, algo que precisa ser explicado que pode ser desdobrado em três questões: Donde vim? Quem sou eu? Para onde vou? A origem da Religião, sobretudo, está na consciência de sua existência. Logo, tudo o que não é consciente não é próprio do homem. É uma constatação da idade humana”. Neste sentido , o vocábulo “relegere” ou “religere” elucidado por alguns pensadores, na qual significa reler, observar conscientemente, no seu sentido original vale para todas as religiões existentes e as que virão a existir (grifo meu). A religiosidade se refere basicamente ao sentimento que se tem em relação a algo superior. A sede do sentimento religioso está no coração do ser humano. Citando Otto, encontraremos na experiência mística, principalmente na religiosidade intrínseca esse parecer filosófico:“O homem afunda-se e dissolve-se no seu nada e na sua pequenez. Quanto mais se descobre, clara e pura a seus olhos, a grandeza de Deus, tanto melhor reconhece a sua própria pequenez. O divino está acima da razão, o mesmo se dá com os instintos, que estão num nível mais abaixo da razão. Portanto, um Deus compreendido não é Deus”.
A verdadeira Religião é aquela que é sustentada por duas plataformas: A unidirecionalidade (única direção) – O ser humano deve “amar de graça”. É um amor gratuito, sem interesse nenhum. Não cobra absolutamente nada. Só pode amar de graça quem é perfeito. Na medida em que o indivíduo louva o Ser Absoluto, esperando uma retribuição, ela se limita, diminui o Ser Absoluto. É pensar pequeno. O amor é liberdade. A onidirecionalidade – É amar a todos, por exemplo o pagão, muçulmano, cristão. O amor não é seletivo. A ausência de amor é o inferno, enquanto que a presença de amor é a eternidade. A única maneira de salvação do sujeito é a identificação ou imitação do Absoluto (grifo meu).
Quero deixar presente nesta minha constatação um pequeno fato acontecido numa conferência de mesa-redonda, cujos debatedores eram Leonardo Boff e Dalai-Lama, figuras muito influentes na área da espiritualidade: Certa vez, Leonardo Boff perguntou a Dalai-Lama maliciosamente: “Santidade, qual é a melhor religião?” Leonardo Boff esperava que ele dissesse: “É o budismo tibetano” ou “são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo”. Segundo Leonardo Boff, o Dalai-Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso e olhou bem nos olhos dele, o que fez com ele desconcertasse um pouco e afirmou: “A melhor religião é aquela que te faz melhor”. Leonardo Boff interrogou novamente sua Santidade Dalai-Lama: “O que me faz melhor? E ele respondeu: “Aquilo que te faz mais compassivo, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião”. Portanto a Religião é a relação das pessoas limitadas com o Ser Pleno.

O Paradigma da Hospitalidade


O Paradigma da Hospitalidade


Vivemos numa época denominada pós-moderna, como alguns referenciais teóricos costumam atribuir. Entretanto, ainda não temos bem claro o que isso significa e quais as implicações desta era. Tudo isso porque vivemos numa realidade de Terceiro Mundo que acaba se “adequando” ao Primeiro Mundo por causa de sua “dependência” em todos os níveis: cultural, político, econômico e religioso, sobretudo a partir do fenômeno ao qual designamos globalização. Este fenômeno por um lado pode criar uma oportunidade de encontro de todos com todos e, por outro lado, pode ser uma encruzilhada para a humanidade.
Todavia, conforme nos apresenta o paradigma planetário faz-se necessário quatro valores pertinentes para uma globalização bem sucedida: a hospitalidade, a convivência, a tolerância e a comensabilidade. Eis o novo paradigma contemporâneo.
Segundo Leonardo Boff, “quem hospeda a Deus se faz templo de Deus. Quem faz dos estranhos seus comensais herda a imortalidade feliz. Todo estranho produz o sentimento de estranheza normalmente associado ao receio e ao medo. A hospitalidade para com o estranho envolve abertura, coragem de enfrentar e superar a estranheza que provoca o medo, a desconfiança, o afastamento e até a rejeição do outro. Hospitalidade é acolher o estranho assim como se apresenta sem logo querer enquadrá-lo nos esquemas válidos para nossa comunidade. Tudo passa pelo outro, fora dele não há salvação. O inferno não é o outro como afirmou Jean Paul Sartre, mas o caminho para o céu”.


Ser JOVEM


Ser jovem. Quem não gostaria de permanecer jovem?
Ser jovem é amar a vida, cantar a vida, abraçar a vida, perdoando até as pedradas que a vida nos joga no rosto.
Ser jovem é ter altos e baixos, entusiasmo e desalentos. É vibrar com os momentos bons e passar por cima dos que machucam, com um sorriso fácil apagando os percalços.
Ser jovem é apiedar-se dos mais fracos, não ter vergonha de fazer um sinal da cruz em publico, cantarolar uma canção em pleno ônibus. E apreciar uma piada gostosa.
Ser jovem é escrever diário, ás vezes. Copiar poesias de amor e remetê-las ao (à) namorado (a), com assinatura própria.
Ser jovem é ser aberto para o novo, respeitando o imutável, o perene dos séculos anteriores.
Ser jovem é compadecer-se de quem sofre, com aquela vontade imensa de fazer o milagre da cura, de restituir a saúde àqueles que a gente estima e ama.
Ser jovem é beber um lindo pôr-do-sol, ar livre e noites estreladas. Não se intrometer na vida alheia, fazer silêncios impossíveis, ficar do lado das crianças, gostar de leitura, ter ódio de guerra e de ser manipulado.
Ser jovem é ter olhos molhados de esperança e adormecer com problemas, na certeza de que a solução madrugará no dia seguinte.
Ser jovem é amar a simplicidade, o vento, o perfume das flores, o canto dos pássaros, ter alegria ao dramático, ao solene e duvidar das palavras.
Ser jovem é vibrar com um gol do time, jogar na loteria esportiva, emocionar-se com filmes de ternura e simpatizar secretamente com alguém que a gente viu só de passagem.
Ser jovem é planejar praias no fim de ano, sonhar com um giro na Europa e uma esticada na Disneylândia...algum dia.
Ser jovem é sentir-se um pouco embaraçado diante dos estranhos, não perder o hábito de encabular-se, tremer diante de um exame e detestar gente gritona resmunguenta.
Ser jovem é continuar gostando de deitar na grama, caminhar na chuva, iniciar cursos de inglês e violão sem jamais terminá-los.
Ser jovem é não dar bola ao que dizem e pensam da gente. Mas irritar-se, quando distorcem nossas melhores intenções.
Ser jovem é aquele desejo de fazer parar o relógio, quando o encontro é feliz, quando a companhia é agradável e a aventura toma conta do nosso ser..
Ser jovem é caminhar firme no chão, à luz de alguma estrela distante.
Ser jovem é avançar de encontro à morte, sem medo da sepultura e do que vem depois.
Ser jovem é permanecer descobrindo, amando e servindo, sem nunca fazer distinção de pessoas.
Ser jovem é olhar a vida de frente, bem nos olhos, saudando cada novo dia, como presente de Deus.
Ser jovem é realimentar o entusiasmo, o sorriso, a esperança, a alegria, a cada amanhecer.
Ser jovem é acreditar um pouco na imortalidade, em vida. É querer a festa, o jogo, a brincadeira, a lua, o impossível.
Ser jovem é ser bêbado de infinito que terminam logo ali. E só pensar na morte, de vez em quando. É não saber nada e poder tudo.
Ser jovem é gostar de dormir e crer na mudança. É meter o dedo no bolo e lamber o glacê. É cantar fora do tom, mastigando depressa, mas engolir devagar a fala do avô.
Ser jovem é embrulhar as fossas no celofone do não faz mal. É crer no que não vale a pena, mas ai da vida se não fosse assim.
Ser jovem é misturar tudo isso com a idade que se tenha, trinta, quarenta, cinqüenta, sessenta, setenta ou dezenove. É sempre abrir a porta com emoção. É abraçar esquinas, mundos, flores, livros, discos, cachorros e a menininha, com um profundo, aberto e incomensurável abraço feito de festa, dentes brancos e tímidos, todos prontos para os desencontros da vida. Com uma profunda e permanente vontade de SER.
“Á vida é um projeto FAÇA VOCÊ MESMO”. Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado das atitudes e escohas que fizer hoje. Confio no seu crescimento, na sua força, no seu espírito vencedor, vou estar sempre ao seu lado torcendo por você.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ESPERANÇA

O ser humano, tanto em escala individual como em escala social, é constitutivamente esperante, futuroso: "Dum spiro, espero". Enquanto houver vida, haverá esperança. Nós, os crentes, somos esperançosos por definição. A esperança cristã nao existe para si mesma, mas para o mundo. O Deus cristão é por excelência, o "Deus da Esperança": uma esperança que ele outorga a nós, os crentes, "por força do Espírito", para que "nela transbordemos de alegria ", isto é, para que possamos comunicá-la junto com "toda alegria e paz" (Rm 15, 13; Rm 4, 18, Mc 10, 27). Portanto, a tarefa de recuperar a esperança num mundo confinado nao é uma espécie de hobby ao qual nós, cristãos, possamos dedicar-nos, quando bem quisermos. Por conseguinte, essa tarefa faz parte de nossa condição de testemunhas do Evangelho, sendo nosso honroso dever. O amor e a esperança são inseparáveis. O vínculo que possibilita a união dos dois é a fé. Fé, amor e esperança não são virtudes autonomas. Antes de tudo, sao dimensões da atitude complexiva do ser humano que acolheu o dom de Deus e, por isso, é a nova criação, existência agraciada. portanto, nao se pode crer em Deus sem abandonar confiantemente a seu amor (amor que Deus é); e que a fé importa o momento da adesão, não são só assentimento; que o ser humano só pode ligar-se pessoalmente àquele em quem confia; e que só pode confiar naquele a quem ama.
fonte: Juan Ruiz de la Pena. Criação, Graça e Salvação. São Paulo: Loyola, 2oo2.

domingo, 21 de junho de 2009

Vida e Morte

Em memória da Dona Moema. Dedico à família que sofre a sua perda.
O mistério da vida apenas se pode compreender através do mistério da morte. É a morte que nos faz perguntar pela vida, que nos mostra a graça do amanhã. Fosse a vida sempre presente, ininterrupta, tal qual os bens em excesso na natureza, seria de pouco valor. A vida nos é tão cara que evitamos pensar na morte, porque seria um peso insuportável a percepção de que uma linha tênue nos separa do fim da nossa história. E por isso nos entretemos, muitas vezes, e por isso nos escondemos no preenchimento desordenado do tempo, nos divertimentos constantes, no entorpecimento da nossa mente. Tudo para não pensarmos na vida; tudo para não pensarmos na morte.
Diante da morte nos igualamos em nossas diferenças de raça, condição financeira, profissão... Talvez o que possa nos distinguir seja a força da fé: conhecemos o homem ou a mulher de fé diante do evento capital, nosso ou das nossas pessoas queridas. Porque ali, naquele momento definitivo, em que a vida encerra o seu ciclo, podemos nos perguntar sobre o seu sentido, sobre o porquê, sobre o para onde vamos... Acaba-se tudo aqui? O que vivemos, o que pensamos, o que fizemos, o que sonhamos? Tudo termina naquele instante em que as luzes se apagam?
O mistério da morte perturba e segue a humanidade em sua história. E o mais importante evento da civilização ocidental é justamente a morte: a destruição de Cristo na cruz. O símbolo da morte passou a ser o símbolo da fé, da vida, do sonho. Pela ressurreição, descobrimos que ela pode ser vencida, que o Filho do Homem desceu à mansão dos mortos para a todos cristianizar, é dizer, glorificar em sua assunção aos céus. A humanidade é divinizada Nele e por Ele. Ele assumiu a nossa humanidade e deu-nos a sua divindade. E o cristão passou a ver a morte como o fim para um começo. A morte passou a ser esse doloroso romper para um encontro pessoal com Deus. Por isso Santa Tereza dizia: "Morro porque não morro!" ("Vivo sem viver em mim / E de tal maneira espero / Que morro porque não morro.")
E por fé, pelo desejo de encontro pleno com o Pai, São Jão da Cruz anota as palavras de Santa Tereza, e diz de modo poético e místico:
2. Esta vida que aqui vivoÉ privação de viver;E, assim, é contínuo morrerAté que viva contigo.Ouve, meu Deus, o que digo,Que esta vida não a quero,Pois morro porque não morro. A morte, para quem tem fé, não tem a última palavra, não impõe o fim sem sonhos, sem conseqüências, sem alternativas. A morte é dolorosa, rompe os vínculos com a nossa história, tal qual a conhecemos, mas abre as portas para uma nova história de amor, de encontro, de plenitude. Por isso, diante da morte, choremos de saudade, da perda do convívio, da ausência sentida; mas sem desespero, sem desesperança, porque a luz brilhará, porque Deus se fez homem e morreu por nós, para dar sentido à morte eà própria vida: ele é o nosso destino, o nosso caminho, a nossa verdade, a nossa vida, a fonte de esperança e salvação!
Fonte: http://adrianosoares.zip.net/arch2009-04-16_2009-04-30.html

Pensamentos de Santa Tereza de Ávila

"Compararei a Divindade com um polido diamante muito maior que o universo. Todas as nossas ações refletem-se nele, por que Ele encerra todas as coisas, tanto que fora da sua amplitude nada existe""Ó Senhor, experimento tanta alegria ao pensar que as minhas infidelidades fazem com que melhor conheça a vossa misericórdia, que sinto suavizar-se a dor pelas graves ofensas que vos fiz""A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo""A oração é onde o Senhor ilumina para entender as verdades""Jamais creiais que adquiristes uma virtude, enquanto não a tiverdes provado com aquilo que lhe é contrario""Tão logo Sua Majestade o quer, Deus e a alma se compreendem, como dois amigos que não precisam de palavras para manifestar-se a grande afeição que os une""No nosso próximo, procuremos ver tão somente as virtuides e as boas obras e cubramos os seus defeitos considerando os nossos pecados""Diante da Sabedoria infinita, mais vale um breve desejo de humildade com algum ato da mesma, do que toda a ciência do mundo""Tenho como certo que uma alma de oração, que se entretenha com homens doutos, jamais será enganada pelo demônio, a não ser que deseje enganar-se a si mesma. O demônio tem muito medo da força interior humilde e virtuosa, por que sabe que seria descoberto e levaria a pior""Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um""O edifício da oração deve sempre alicerçar-se na humildade: quanto mais uma alma se mostra humilde na oração, tanto mais Deus a exalta""A todos que tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente""Construir grandes casa com o dinheiro dos pobres é muito desconveniente, e o Senhor jamais o perdoará""Em assunto de contemplação, muitas vezes Deus leva vinte anos para dar a alguém aquilo que a outros dá em apenas um ano. O motivo disso somente Ele o sabe""Tenho certeza de que Deus jamais deixa de favorecer as almas firmemente decididas a ser dele""O caminho da cruz é o que Deus reserva aos seus escolhidos: quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações""Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus""A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor""Quem pede a perfeição é inundado de tantas graças a ponto de atingir aquele elevado grau que é próprio dos que já alcançaram""As cruzes dos contemplativos são muito pesadas, e o Senhor só as manda para as almas já provadas desde muito tempo""Não há melhor meio para descobrir as insídias do demônio e obrigá-lo a dar-se a conhecer, do que o da oração""As palavras de Deus fixam-se tão profundamente no espírito que não mais é possível esquecê-las, ao passo que aquelas do intelecto assemelham-se a um pensamento fugaz que subitamente se esvai da mente""Ó Senhor! Como os cristãos pouco vos conhecem!""Almejemos e pratiquemos a oração já não para desfrutar, mas para ter a força de servir ao Senhor""O proveito da alma não consiste em muito pensar mas em muito amar""É uma grande virtude saber ter concórdia com todos e suportar-lhes os defeitos""Achegando-nos do Santíssimo Sacramento com grande espírito de fé e de amor, creio que uma única comunhão é suficiente para deixar-nos ricas. O que dizer, então, de tantas que já recebemos?""O Senhor não se contenta em igualar os seus dons aos nossos modestos desejos""O Senhor sabe o que cada pessoa pode fazer e, quando se encontra com uma alma forte, não cessa de impor nela a sua vontade""Senhor, como são amenos os vossos caminhos! Mas, quem os palmilhará sem medo?""Gosto de insistir mais no exercício das virtudes, do que na prática das austeridades corporais""Jamais me cansei em falar ou em ouvir falar de Deus: e isto desde que comecei a prática da oração""A quantos tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente""Quanto mais santas fordes, mais amáveis devereis mostrar-vos""Como é bom o Senhor! Parece que se regozija em manifestar o seu poder, enaltecendo e enriquecendo com grandes favores almas tão mesquinhas como as nossas""Conhecem-se melhor os mistérios concernentes à oração quando se examinam os efeitos e as obras que deles derivam: com efeito, não há têmpera melhor para prová-los""Quando a alma está verdadeiramente ferida pelo amor de Deus, desvencilha-se sem nenhuma dor do amor das criaturas, isto é, ela não se sente prisioneira de nenhum afeto. Sem dúvida, a isso não se pode chegar sem o amor de Deus, porque as coisas criadas, se muito desejadas, causar-nos-iam sempre algum sofrimento, especialmente se quiséssemos abandoná-las, ao passo que, se o Senhor se apoderasse duma alma, esta acabaria dominando todas as criaturas""Da mesma forma que no céu há muitas ocupações, também existem muitos caminhos para a oração""Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos. Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade""A porta por onde me vieram tantas graças foi somente a oração: se ela estivesse fechada, eu não saberia de que outra maneira poderia recebê-las. Quando Deus quiser entrar numa alma para ali se deleitar e preenchê-la de bens, apenas esta possibilidade existe porque ele a quer sozinha, pura e desejosa de recebê-lo""A companhia do bom Jesus é proveitosa demais para que nos afastemos dela, o mesmo acontece com a da sua Santíssima Mãe!""A alma deve abandonar-se nas mãos de Deus, para que Ele faça o que quiser dela. Ela deve esquecer-se de todos os seus interesses e fazer o possível para resignar-se à sua divina vontade""Quem começa a servir verdadeiramente o Senhor, o mínimo que lhe pode oferecer é a própria vida.""O Senhor deve também vir em nosso socorro na proporção das fadigas que aguentamos por causa do seu amor. E visto que essas angústias são grandes, menores não devem ser as graças""Não consigo compreender que haja ou possa haver humildade sem amor, e amor sem humildade. Mas nenhuma destas duas virtudes jamais poderá subsistir numa alma sem um profundo despego de todas as coisas""Sem dúvida, não é preciso pedir a cruz, porque Deus, aos que Ele ama, a dá espontaneamente, como a deu a seu Filho""Muitas vezes o Senhor permite uma queda a fim de manter a alma na mais profunda humildade. Se ela se arrepende e volta a Ele com sinceridade, mais progredirá, conforme sabemos de muitos santos""Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um.""As coisas da alma sempre devem ser consideradas com amplitude, extensão e magnificência, sem medo de exagerar, porque a capacidade da alma ultrapassa toda humana imaginação""Por mais profunda que seja, a verdadeira humildade nunca inquieta, nem agita, nem perturba a alma, mas a inunda de paz, de suavidade e de repouso""Podemos considerar a nossa alma como um castelo incrustado num só diamante ou num cristal muito polido no qual há muitas moradas, como as que existem no céu""Quem ama verdadeiramente o Senhor, gosta de tudo, quer tudo, louva tudo, favorece o que é bom e só anda na companhia dos bons para ajudá-los e defendê-los. Numa palavra só ama a verdade e o que é digno de ser amado""Não creias que seja possível a quem ama verdadeiramente o Senhor, amar ao mesmo tempo as vaidades da terra""Não há nada que se possa comparar com a grande beleza duma alma e com a sua imensa capacidade!""Jamais chegaremos a conhecer-nos, se juntos não procurarmos conhecer a Deus""O único desejo ardente de quem quer entregar-se à oração deve ser o de fazer todo o possível para decidir-se e melhor dispor-se para conformar a sua própria vontade àquela de Deus""Uma ou duas pessoas que digam a verdade valem mais do que muitas reunidas.""A oração mental não é senão uma íntima relação de amizade, um frequente entretenimento a sós com Aquele que sabemos nos amar""O Senhor quer mostrar à alma que Ele pretende unir-se a ela numa amizade tão íntima de modo que, entre eles, não exista coisa alguma dividida""Devemos guardar-nos em querer entender as coisas de Deus e procurar quais são as suas razões""A alma que Deus expõe aos olhos do público deve se preparar para ser mártir do mundo: embora não queira morrer para o mundo, ele a fará fenecer""Quando Deus assim o quer, nós só podemos estar sempre com Ele""A dor pelos pecados cresce em proporção aos favores que o Senhor nos concede: e julgo que só desaparece quando coisa alguma pode suscitar compaixão""O amor de Deus não está nos deleites espirituais, mas em estar firmemente resolvidos a contenta-lo em todas as coisas, tentando todo esforço para não ofendê-lo, e rezando pelo aumento da honra e da glória do seu Filho e pela exaltação da Igreja Católica""Só porque derramamos muitas lágrimas, não devemos pensar que já alcançamos a perfeição. Antes, pratiquemos muitas obras e exercitemos a virtude, pois estas são as coisas que mais convém para o nosso caso""A oração não é senão um fato de amor, e é insensato pensar que só se faz oração quando se dispõe de tempo e solidão""Ó Senhor, experimento tanta alegria ao pensar que as minhas infidelidades fazem com que melhor conheça a vossa misericórdia, que sinto suavizar-se a dor pelas graves ofensas que vos fiz""No nosso próximo, procuremos ver tão somente as virtuides e as boas obras e cubramos os seus defeitos considerando os nossos pecados""Tenho como certo que uma alma de oração, que se entretenha com homens doutos, jamais será enganada pelo demônio, a não ser que deseje enganar-se a si mesma. O demôniotem muito medo da força interior humilde e virtuosa, por que sabe que seria descoberto e levaria a pior""Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um""A todos que tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente""Em assunto de contemplação, muitas vezes Deus leva vinte anos para dar a alguém aquilo que a outros dá em apenas um ano. O motivo disso somente Ele o sabe""Tenho certeza de que Deus jamais deixa de favorecer as almas firmemente decididas a ser dele""O caminho da cruz é o que Deus reserva aos seus escolhidos: quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações""Quando é o coração que reza, Ele sem dúvida nos atende""Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus""A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor""Oração e maneiras sofisticadas não combinam""Quanto mais santas fordes, mais afáveis devereis mostrar-vos""As cruzes dos contemplativos são muito pesadas, e o Senhor só as manda para as almas já provadas desde muito tempo""Não há melhor meio para descobrir as insídias do demônio e obrigá-lo a dar-se a conhecer, do que o da oração""Muitas vezes, quando menos se pensa e sequer estamos preocupados com Deus, Sua Majestade agita a alma ugual a um relâmpago ou semelhante a um cometa que passa rapidamente""O Senhor dirige cada pessoa segundo o que julga ser melhor""Não há nada mais útil e mais agradável a Deus do que esquecermo-nos de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas satisfações pessoais, para ocuparmo-nos da sua honra e da sua glória""Deus distribui os seus bens como quer, quando quer e a quem quer, sem fazer discriminação com ninguem""É um fato que, embora saibamos que estamos sempre na presença de Deus, muitas vezes negligenciamos em pensar nisso""Ele exige que nada reserveis. Seja pouco ou muito o que tendes. Ele quer tudo para si: por maiores ou menores que sejam as graças que tiverdes, sempre serão, porém, em proporção com aquilo que houverdes dado. Para saber se a nossa oração chega ou não à unificação não há prova melhor""A vida é longa e é tão cheia de tribulações que para suportá-las com perfeição sempre é preciso considerar como as assimilaram Cristo, nosso modelo, os seus Apóstolos e os Santos""Rezar pelos que estão em pecado mortal é uma esmola muito grande""Ó Senhor! Em que angústias colocais quem vos ama! No entanto, tudo é pouco diante da maneira com que logo o favoreces""No dia de Ramos, acabando de comungar, entrei em grande suspensão, de modo que nem podia engolir a Espécie, e, tendo-a na boca, senti verdadeiramente, ao voltar um pouco a mim, que toda ela se enchera de sangue""A humildade é o alicerce do edifício, e o Senhor nunca o elevará demasiado, se dita virtude não for verdadeiramente sólida""Almejemos e pratiquemos a oração já não para desfrutar, mas para ter a força de servir ao Senhor""O proveito da alma não consiste em muito pensar mas em muito amar""É uma grande virtude saber ter concórdia com todos e suportar-lhes os defeitos""Em matéria de fé, eu morreria mil vezes do que me oporia a qualquer coisa da Igreja ou a qualquer verdade da Sagrada Escritura""O Senhor quer obras. Por exemplo, deseja que não te preocupes em perder aquela aquela devoção para consolar uma doente a quem vês que podes servir de alívio, fazendo teu o seu sofrimento, jejuando, se preciso for, para dar-lhe de comer; e isso não tanto por ela, mas porque sabes que esta é a vontade de Deus. Eis em que consiste a verdadeira união com a vontade de Deus""Se avançarmos com humildade, a misericórdia de Deus nos servirá sempre de ajuda""Jamais se peca sem sabê-lo""O espírito de Deus - se verdadeiro - sempre produz humildade""Somente o amor dá valor às obras""Depois disso, ao me aproximar para comungar, eu me lembrava da imensa Majestade que vira e me dava conta de que era Ele que estava no Santíssimo Sacramento, o que fazia os meus cabelos arrepiarem e me dava a impressão de estar toda desfeita""Podemos suportar qualquer luta ou inquietação, quando nos encontramos em paz intimamente""Quanto mais as almas se adiantam na oração e mergulham em maiores delícias com Deus, mais se dedicam às necessidades do próximo, especialmente às carências daquelas que parecem estarem preparadas a sacrificar mil vidas conquanto arranquem uma só do pecado mortal""O Senhor não se contenta em igualar os seus dons aos nossos modestos desejos""Amor e temor a Deus! É dizer pouco? São dois castelos fortes a partir dos quais se faz guerra ao mundo e aos demônios""Não posso deixar de crer que é por falta de humildade que algumas pessoas tanto se afligem por causa das insensibilidades que sofrem""O Senhor sabe o que cada pessoa pode fazer e, quando se encontra com uma alma forte, não cessa de impor nela a sua vontade""Quanto mais recebe, mais é obrigado a dar. E então, que podemos nós fazer por um Deus tão generoso que chegou a morrer por nós, que nos criou e nos conserva a vida, senão retribuir, ao menos em parte, o muito que lhe devemos em vista dos grandes serviços que nos prestou?""O Senhor nos ama mais do que nós mesmos nos amamos""Quem não ama o próximo não vos ama, pois Vós, meu Senhor, como sabemos, demonstraste vosso amor pelos pobres filhos de Adão com toda a efusão do vosso sangue""Jesus só quer a nossa amizade""Os sofrimentos são premiados com o amor de Deus. Em consequência, quem os anseia, se valem tamanho preço?""Ei-lo aqui, sem sofrimento, cheio de glória, confortando uns, animando outros, antes de subir aos céus, nosso companheiro no Santíssimo Sacramento, porque parece que Ele não poderia afastar-se um momento de nós""Oh, não entendemos que o pecado é uma guerra campal de todos os sentidos e faculdades da alma contra Deus!""Até então eu estava muito contente, porque é para mim um grandíssimo consolo ver uma igreja mais onde esteja o Santíssimo Sacramento. Mas a minha alegria durou pouco. Terminada a missa, fui a uma janela e olhei o pátio; não havia paredes sem partes desmoronadas"


Morro porque nao morro

Morro porque não morro
Vivo sem viver em mim porque da vida nada espero senão esta melancolia que me encolhe os ombros.E que longa é a vida,que duros estes desesperos que renascem das mãos.Ah! que paz tão serena de viver e viver sem mimde viver e viver sem ti.Que longa é esta hora sem minutos de compaixão,à beira do meu Ser, perdoa-me viver contigo sem viver.Espero só a saida, sem mágoas representadasenvolvidas no meu corpo, personagens sem papel.Vivo sem viver em mime morro porque não morro.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pensamento


"Se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia" (Liev Tolstói).