domingo, 19 de julho de 2009

O Paradigma da Hospitalidade


O Paradigma da Hospitalidade


Vivemos numa época denominada pós-moderna, como alguns referenciais teóricos costumam atribuir. Entretanto, ainda não temos bem claro o que isso significa e quais as implicações desta era. Tudo isso porque vivemos numa realidade de Terceiro Mundo que acaba se “adequando” ao Primeiro Mundo por causa de sua “dependência” em todos os níveis: cultural, político, econômico e religioso, sobretudo a partir do fenômeno ao qual designamos globalização. Este fenômeno por um lado pode criar uma oportunidade de encontro de todos com todos e, por outro lado, pode ser uma encruzilhada para a humanidade.
Todavia, conforme nos apresenta o paradigma planetário faz-se necessário quatro valores pertinentes para uma globalização bem sucedida: a hospitalidade, a convivência, a tolerância e a comensabilidade. Eis o novo paradigma contemporâneo.
Segundo Leonardo Boff, “quem hospeda a Deus se faz templo de Deus. Quem faz dos estranhos seus comensais herda a imortalidade feliz. Todo estranho produz o sentimento de estranheza normalmente associado ao receio e ao medo. A hospitalidade para com o estranho envolve abertura, coragem de enfrentar e superar a estranheza que provoca o medo, a desconfiança, o afastamento e até a rejeição do outro. Hospitalidade é acolher o estranho assim como se apresenta sem logo querer enquadrá-lo nos esquemas válidos para nossa comunidade. Tudo passa pelo outro, fora dele não há salvação. O inferno não é o outro como afirmou Jean Paul Sartre, mas o caminho para o céu”.

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